quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Adeus e Olá!

Adeus 2010 (que tão bom foi em tanto coisa, e tão amargo foi noutras)! Foi o meu ano! O ano da minha vida! O ano em que tudo mudou e isso nunca vai passar!
Para 2011 é claro que desejo saúde, paz e essas coisas todas que já se tornaram um cliché, mas desejo sobretudo força para continuar a lutar por aquilo em que acredito!
Desejo poder partilhar a minha vida com a Minha Pessoa!
Desejo que as pessoas se tornem um bocadinho melhores...
Desejo que a minha vida dê mais um passo em frente!
Desejo que todos os desejos daqueles que amo se realizem e que tudo de bom lhes aconteça!
Desejo estar presente nos momentos importantes daqueles que amo!
Desejo que seja um ano mais harmonioso!
Desejo progredir a nível de trabalho!
(E ainda faltam 4 desejos para as 12 passas, mas esses são só meus)!
Desejo a todos um óptimo Ano Novo!
Que este ano nos traga força, coragem e sabedoria: força para vivermos com o que não podemos mudar, coragem para mudarmos aquilo que é possível e sabedorai para distinguir uma coisa da outra!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Muito bom!


Nota: Retirei daqui.

Bêbedo ou bêbado?

“ Na verdade estão as duas correctas. Bêbado/ bêbedo são duas formas gráficas para registar o adjectivo sinónimo de embriagado. Trata-se de mais um caso de dupla grafia como acontece com palavras como síndroma/ síndrome ou louça/ loiça. Por isso, pode usar qualquer uma destas palavras.”

Retirado daqui

Eu acho que vou começar a usar borrachão, entornado, bebedolas, seca adegas, embriagado… É mais seguro…

Como se escreve?

Bêbedo ou bêbado?

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Já disse

Que detesto esta época do ano?

Há coisas que gosto, este ano gostei de decorar a a casa, de fazer a lista de compras!

Espero que nos próximos anos venha a gostar mais!

Felizmente passou!

Não tão depressa como queria, mas passou!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal!


Para todos aqueles (poucos, eu sei) que lêem este blog desejo um óptimo Natal! (Para os que não lêem também, mas esses nunca vão saber)...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Coisas que...

Não gosto:

Pessoas boazinhas, com uma vida de pessoas boazinhas, que não fazem nada mal feito, que cantam e dançam muito bem! Que têm um Natal perfeito e em que tudo é muito bonito!

Nada de pessoal, só isto!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

...

Eu não ando à procura do botão, pelo menos não sempre!
Quem me conhece sabe que esta altura do ano não me deixa bem. A inquietação aparece, é uma altura de medos e preocupações que me são muito difíceis de ultrapassar e a cada ano que passa sonho sempre com um Natal melhor, mas nesta altura prefiro não falar dele, porque assim pode ser que não chegue! Isto é um sonho, porque sei que ele vai sempre chegar. E falta muito pouco e vou ter que enfrentar todos os meus medos!
Eu não gosto do Natal, não é do que ele significa, é das convenções sociais que giram à volta do Natal.
Este ano gostei do que antecedeu o natal: gostei das compras de Natal, gostei da decoração da casa, gostei dos lanches e festas de Natal que já aconteceram! Mas não gosto desta semana, não gosto da véspera de Natal. Não sou melhor nem pior que as outras pessoas, só sou diferente...
Mas vou lutar contra isto, vou tentar encontrar forma de (con)viver com estes meus medos e aflições para poder dar um bom Natal a quem amo.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

E também

Gosto da interacção que se cria no FB... Com pessoas que não conheço e acho que muito dificilmente vou conhecer pessoalmente, mas que me acompanham durante o dia, como os locutores da rádio que ouço durante o dia! Nunca os vi pessoalmente, mas falamos no FB, podemos comentar e eles retribuem! Gosto!
E gosto de ter alguns amigos que nunca vi, e que não quero vir a conhecer, mas de quem leio blogs e comentários no FB durante o dia. Que me fazem sorrir e por vezes esquecer o que se passa à minha volta!
É a ERA da LUZ aplicada às novas tecnologias!
PS - Claro que também gosto de falar com os amigos de sempre, com quem conheço, saber algo das pessoas durante o dia é bom! Mas agora o que me chamou a atenção foi mesmo a comunicação com pessoas que não conheço!

Coisas que...

Gosto:

De dias frios, mas com sol;
De comprar uma surpresa para alguém;
De um desafio;
Dos meus amigos;
De ti…

Pode ser?

Coisas que...

Não gosto:

Do dia começar com atraso;
De filas de trânsito…
Do aumento dos combustíveis;
De chegar atrasada ao trabalho;
Do Natal…

Pode ser?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sou uma pessoa de sorte!

Eu sou uma pessoa com muita sorte! E como nesta nova fase da ERA da LUZ resolvi partilhar a minha boa sorte com quem lê este espaço!
Eu estou a fazer uma formação e preciso de fazer um trabalho que está a revelar-se mais difícil do que o que poderá parecer à 1ª vista… A Minha Pessoa lê todos os esboços do meu trabalho, cada frase nova que escrevo, cada resposta que dou e cada elemento que acrescento! Ajuda-me a formatar os PP e a tomar consciência do que me falta! E tanta falta me faz estas ajudas e estes preciosos conselhos!
Sou realmente uma pessoa com muita sorte!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Era da Luz

A vida não está fácil para ninguém e todos temos as nossas dificuldades, as contas para pagar ao fim do mês, os aumentos que não param, o combustível que está cada vez mais caro… Enfim… Os contratos de trabalho precários, os recibos verdes, a prestação da casa a subir… Se as coisas continuarem a ser vistas assim a tristeza vai aumentando e dentro do nosso coração só vai subsistir a cor negra. O olhar para a frente e não ver o futuro, porque estas coisas todas não deixam!
Mas eu prefiro pensar de outra forma: se tiver momentos de fraqueza, dias piores, momentos em que vejo as coisas mais negras, pode ser porque sou uma pessoa, tenho sentimentos e tenho medos. Mas não quero viver assim, quero ver todos os dias a outra parte das coisas! Quero ser feliz e fazer as outras pessoas felizes, quero ir jantar com os meus amigos e sentir-me em família, quero continuar as minhas formações e continuar a lutar por algo melhor na minha vida profissional, mas quero, acima de tudo, aproveitar as coisas muito, mas mesmo muito boas que tenho! Quero aproveitar os momentos todos com a Minha Pessoa, quero desfrutar dos nossos meninos e quero aproveitar cada momento, cada luminosidade diferente lá em casa, cada chama de vela a arder e a colorir a casa de diferentes tonalidades. Quero fazer novas receitas e sentir o cheiro que vem da cozinha, quero aprender coisas novas e partilhar essas coisas com quem amo! Quero começar a fazer isso todos os dias! Vou começar aqui uma nova Era: a Era da Luz! O nome é piroso? Pode ser, mas não faz mal! Porque é para mim que é importante e a mim ele vai-me lembrar deste meu compromisso!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Obrigada

Há dias em que parece que o mundo nos vai cair em cima; dias em que as coisas parecem pior do que o que são... Dias complicados, em que o simples acto de nos levantarmos custa! Depois há dias em que estamos assim, em que custa voltar a olhar com outros olhos para as coisas, mas que temos ao nosso lado alguém capaz de nos levantar, de nos fazer sorrir e nos levar para fora... Para fora de casa e para fora da nossa casa... Ao local mais simples do mundo, mas mesmo assim nesses dias, parece uma coisa grande... Nesses dias tudo tem muita importância! Eu podia dizer obrigada até ao fim da minha vida, mas acho que se o escrever aqui uma vez, do fundo do coração, talvez chegue: OBRIGADA!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Happy Birthday

Claro que sim!


:) :)

Hoje é um dia de felicidade!
Acho que devemos sempre comemorar o dia em que nascemos e o dia em que aqueles que amamos nasceram! Porque esse é um dia muito importante, esse dia muda para sempre a vida de várias pessoas! E o dia de hoje, há 35 anos atrás, mudou a minha vida para sempre!
Trouxe-me alegria, felicidade, equilíbrio!
Por isso hoje é um dia especial para mim e é um dia para festejar!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Por falta de assunto, este blog declara o dia de hoje como o dia em branco!!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Post Verde (peço a todos os que se sentirem menos contentes, o favor de não lerem)

Como não podia deixar de ser (e porque se formos falar da situação do país, o post fica demasiado triste e hoje não me apetece... O Observatório para as Desigualdades publicou um estudo onde consta que 500 mil portugueses, que trabalham estão no limiar da pobreza e as crianças muitas vezes só vão à escola para poderem comer... Mas o que vem a ser isto?) hoje vou falar do Sporting...
O Sporting está "sempre na brecha, sempre à procura"... O Sporting tem 2 equipas, eu torço pelas 2... Pelo Sporting que joga (pouco e mal umas vezes, pouco, mas bem outras, mas que os resultados não têm sido os esperados) no campeonato nacional (o ano passado fui para a rua comemorar a vitória do Benfica, com a secreta esperança deste ano ser ao contrário, mas é claro que não vai ser... Este ano a festa será no norte...) e pelo Sporting que joga (por vezes pouco, mas eficientemente) na Europa! Ontem foi um 3 em 1: venceu o jogo, garantiu o apuramento e ainda passou em 1º no grupo!
E por isso, este é um post verde!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Coisas que não entendo

Há uma coisa que não entendo (aliás, há várias coisas que não entendo, mas que não vou falar agora): porque é que as pessoas não respondem aos emails? Não é a todos os emails… Não é aqueles que diz no fim “não responder para este endereço”, é aos emails que se utilizam para substituir a conversa de viva voz… para perguntar como a outra pessoa está, para partilhar algo de engraçado ou de menos engraçado que nos tenha acontecido, para convidar e para marcar dias para datas importantes! É a esses emails que me refiro… Será que custa muito responder? É porque se custa é só avisar e vamos tentar voltar à velha conversa de viva voz…

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mudança de visual

Alterei finalmente o visual aqui do cantinho... Este é mais outonal/invernoso! Parece-me melhor! Não tirei a imagem, porque, mesmo sem ver o mar durante algum tempo, ele continua a ser um doa meus vícios! Também podia por o café ou o chá, mas acho o mar mais bonito e mais abrangente... Lolololol! Estes são os meus vícios públicos, porque os privados não poria, são isso mesmo, privados, íntimos, mas muito, mesmo muito viciantes!
Se não gostarem digam qualquer coisa!

A minha avó

A minha avó nunca vai ler este post, porque não sabe ler, nunca vai saber da sua existência, porque nunca lho vou dizer, não sabe o que é um blog, nem sabe ir à internet!
Mas a minha avó é uma das pessoas mais inteligentes que conheço e que sabe estar, sabe viver e sabe fazer os outros à sua volta felizes. Sabe mais do que possamos imaginar, mas é muito inteligente para o demonstrar. Por isso lhe quero agradecer do mais fundo do meu coração!
E não só por isso: a minha avó cuidou de mim e tratou de mim quando era pequena, depois quando fui para a creche e não gostava a minha avó vinha de casa dela à minha. De autocarro, fizesse chuva ou sol, buscar-me à Sexta-feira, porque era a única maneira de eu ir para a creche de boa vontade durante a semana.
Quando fui para a escola os fim-de-semana eram em casa da minha avó. Aos Domingos havia almoço de família! A minha avó sempre acolheu todos bem e sempre defendeu os filhos! E isso é bonito!
Quando fui viver sozinha, se queria comer esparregado era só ligar num dia à noite, que já sabia que no outro ao almoço tinha o esparregado pronto para mim. Quando fui trabalhar e tive que viver lá em casa um ano, ela fazia a comidinha que sabia que eu gostava, eu saia à noite e ela nunca perguntava com quem, para onde… a minha avó respeita os outros e as suas opções de vida! E isso não é uma coisa que se veja muito! A minha avó faz hoje 83 (ou 4) anos, mas é mais moderna que muita gente nova que por aí anda… porque a modernidade não é uma questão de idade, é uma questão de temperamento!
Eu adoro a minha avó!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Lua


Alturas havia em que esta "nossa" lua era vista em 2 locais distantes... Era vista por nós, em sítios diferentes, e nessa altura sabíamos que mesmo longe, mesmo com tudo o que nos separava, a distância era encurtada, sabíamos que os nossos corações batiam ao mesmo tempo e que sonhávamos em uníssono!
Hoje vemos a lua ao mesmo tempo, podemos sonhar em conjunto e temos o nosso local para a ver! Hoje já nada nos separa! Mas a "nossa" lua contínua a fazer-nos companhia!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Um conto por semana...

" Bolo-Rei

Todos os anos, quando os velhos Reis Magos acabam de atravessar pequena estrada de areia que se esboça entre caminhos de musgo e lagos feitos de bocados de espelho partido; quando a estrela de prata que se suspende entre os dois exemplares de “A Paleta e o Mundo” de Mário Dionísio se recolhe para regressar à velha caixa de papelão, com trinta anos de viagens, cheia de bocados de jornal amachucados que ainda guardam notícias de dias que já foram e onde se embrulham os cordeirinhos, os pastores, as oferendas várias que o Menino Jesus recebeu, apesar de já lhe faltar a mãozinha direita que alguém partiu em excesso de limpeza; todos os anos, dizia, recordo a história que o Fernando Midões me contou, certa tarde em que misturámos poemas com lágrimas.
De calças à golfe, lacinho à Baptista Bastos, fato de ver a Deus e celebrar o Dia de Reis, Fernando foi com a mãe jantar a casa das senhoras, gente de talher de prata, criadas de avental branco e crista engomada, cheias de silêncios e reverências.
Com olhos de amora madura, esse sorriso que ainda hoje conserva, sempre molhado de uma melancolia que tem de adivinhar-se mais do que ver-se, Fernando entrou na sala de jantar das anfitriãs, cujas portas só o espírito natalício abria, raros que eram os gestos de caridade e partilha. Assim se explicava a presença do rapazinho e sua mãe, viúva recente e que ali trabalhava de manhã à noite, para que a vida se assemelhasse ao que já fora.
Servidos os manjares da época: a canja onde as bolhas de gordura lembravam pequenos sóis fumegantes, o leitão de maçã vermelha na boca que olhava Fernando em gritos de sufoco que só ele, poeta em germinação, conseguia ouvir; os fritos vários que nas travessas exibiam a abastança, chegou finalmente e foi colocado em lugar de honra, no centro da mesa, ladeado por dois castiçais onde as velas vermelhas ardiam, o bolo-rei, roda magnífica de cores, frutas, pinhões, bocados de açúcar que lembravam neve e cujo esplendor ofuscava o dourado das filhós, os reflexos das garrafas de licor, o brilho dos copos de cristal.
Fernando, pequenino, queixo tocando a toalha de renda, olhava aqueles mistérios de cor e perfume e falava, falava, dizia coisas tão a propósito que as senhoras, enlevadas, não se cansavam de sorrir e felicitar a mãe que tal filho tinha. Então, a mais velha, cabeção de renda e camafeu de marfim a fechar as golas, pega na faca de prata e com solenidade, meticulosamente, parte o bolo. A criada ajuda à distribuição nos pratinhos de sobremesa.
— Agora, não se esqueçam: aquele ou aquela a quem calhar a fava terá de pagar o bolo-rei no ano que vem!
E entre comentários de enlevo, gula, elogios à tessitura e ponto ideal do levedo da massa, à abundância das frutas, à maciez e agrado do paladar, se comeu a sobremesa.
A prenda calhou à criada.
— Que sorte! Mostre lá!
— Olhe que medalha tão bonita! Parece uma libra de verdade. Até pode usar no fio que ninguém diz que não é autêntica.
— E tu, Fernandinho, não acabas de comer a tua fatia de bolo?
— Come que está bom e fofinho!
Fernando, subitamente silencioso, abanava a cabeça em negativas.
— Então, filho! Não sabes falar? Responde às senhoras: queres mais um bocadinho de bolo?
— Ao menos acaba esse!
— Está cansado, coitadinho! Deixe-o lá.
Fernando baixava a cabeça, cabelos lisos na testa. A noite ia adiantada. A Miguel Bombarda, onde moravam, ainda ficava longe. Sim, minha senhora, amanhã às oito cá estarei, se Deus quiser, para cortar o vestido novo e pôr em prova a saia do “tailleur”. Foi uma noite muito bonita. Muito obrigada! Fernando dá um beijo às senhoras e agradece. Diz obrigado, Fernando!
Fernando deu o beijo às senhoras, esticou a cara, pôs-se em bicos dos pés, encheu os olhos de gratidão.
— Diz obrigado, filho! Mas o que te aconteceu?
— Deixe-o lá, coitadinho, perdeu a língua. É o sono, não é?
Descem o elevador, abrem a porta da rua. A mãe, agastada, ralha:
— Mas que vergonha! Umas senhoras tão boas, recebem-nos como família, estavas a portar-te tão bem e agora isto, nem uma palavra de agradecimento, nem boa noite, é esta a educação que te tenho dado? Se o teu pai fosse vivo…
Então, já na rua, o frio de Janeiro a gelar-lhe as mãos e o nariz, a névoa a transfigurar a rua e as pessoas, Fernando, finalmente, abre a boca e lá do fundo deixa voar o mistério da sua inesperada mudez:
— É que me calhou a fava, mãezinha. Eu sei que tu não tens dinheiro para, no ano que vem, comprares um bolo-rei igual àquele.
E, na palma da mão pequenina, cuspiu a fava que ali nascia, quente ainda, do esconderijo em que estivera.
E ainda hoje, nas horas mais dolorosas, quando se esquece de mastigar a comida que arrefece no tabuleiro da cantina e prefere viajar no país da infância, Fernando Midões, meu irmão mais antigo, sente a ternura solidária do abraço e o húmido das lágrimas com que a mãe o aconchegou junto de si.
Sem palavras, mãe.
Sem palavras. "

Maria Rosa Colaço
Viagem com Homem dentro (adaptação)
Leiria, Editorial Diferença, 1998

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um desabafo!

Às vezes tentamos, às vezes queremos ter as pessoas por perto, queremos falar, estar com as pessoas, queremos dar o que de melhor temos! Às vezes estamos sempre no mesmo, tentamos e voltamos a tentar, chamamos, perguntamos, abrimos as portas de casa e do nosso coração! Às vezes apetece-nos desistir, apetece deixar andar e deixar de fazer qualquer esforço!
Depois temos que nos lembrar que existem coisas muito importantes na nossa vida, existem coisas das quais não estamos dispostos a abrir mão sem lutar, sem nos empenharmos a 100%!
Eu não sou das que desisto com facilidade, nem à 1ª, nem à 10º... Sou persistente, quando gosto de alguém e acho que as pessoas gostam de mim empenho-me! Mas há dias em que só me apetece desistir!Porque estas coisas não são unilaterais!
E pronto, tenho dito! Foi um desabafo!
E agora vou às compras!

Semanas e fins-de-semana

Há semanas que parecem grandes e pequenas ao mesmo tempo, que parecem duas e só meia semana! Esta foi uma dessas semanas, que por um lado as horas custaram a passar, porque queria que passassem mais depressa, por outro, já é outra vez 6ª feira? É fim-de-semana e tempo de descanso!
Desejo a todos um bom fim-de-semana!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

OLÈ!!!!

As selecções, tal como as pessoas, não se podem deitar à sombra “da bananeira”, neste caso, à sombra dos títulos. A Espanha é campeã da Europa e campeã do Mundo. É sem dúvida, uma selecção muito boa, pelos títulos, a melhor do mundo! A Espanha tem um grande treinador, o Sr. Del Bosque tem no seu CV incontáveis títulos ganhos! Portugal, como selecção, nunca ganhou nada… O mais perto que esteve foi no Europeu em que perdeu a final para a Grécia, no Mundial a seguir que chegou aos 4º final, mas não tem um título… Neste Mundial de triste memória deixou-nos a todos cabisbaixos (e a alguns com uma grande neura) … No apuramento para o Europeu de 2012. ao inicio pôs-nos a fazer contas de cabeça e levou-nos a pensar que desta vez é que era, ou melhor, desta vez é que não era… Nem sequer seriamos apurados para o Europeu!
De repente, cresceu e mostrou o valor que tem. Os jogadores portugueses são bons (alguns muito bons), afinal sabem jogar quando envergam a camisola das quinas, não jogam só nos clubes… A Espanha pensou que chegava aqui e fazia BUUUUUU e Portugal jogava como no último jogo que fez contra eles: encolhia-se e ficava à espera que um milagre da Nossa Senhora (de Fátima ou de Caravaggio) se desse! A Espanha não esperava e foi vê-los a mudar de cor ao longo do jogo! Porque o jogo foi a feijões, mas é sempre um jogo e a campeã do mundo não deve gostar de perder por 1-0, nem por 2-0, quanto mais por 4-0 (que podiam ter sido 5 se o Sr. árbitro não fosse um bocadinho cegueta)!
Eles não passaram a jogar mal e nós não passámos a ser melhores que os melhores do mundo, no futebol estas coisas acontecem (tal como na vida), mas dá que pensar!
A minha veia de padeira de Aljubarrota está satisfeita! E deve haver por aí muita gente a magicar sobre o que se passou realmente no Mundial… (Queiroz, Queiroz, eu não sou de intrigas mas que a culpa foi sua, isso foi…)!
E a vida não é só futebol, mas um bom jogo de futebol ajuda-nos a viver a vida com um bocadinho de melhor disposição!

PS – Não me importo com os que vocês leitores (não sei se haverá mais do que um…lololol) possam pensar, gosto de futebol, fico com a neura e zangada quando a selecção faz má figura, não gostava do seleccionador e sentia-me defraudada. Fico com melhor disposição quando ganhamos 4-0 a outra selecção e melhor ainda se esta for a Espanha e ainda melhor, quando ela é campeã. Sou fútil? Se calhar, mas nem só de Cimeiras se faz o mundo…

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pessoas

Havia uma célebre frase, aqui há uns anos que dizia mais ou menos o seguinte: “eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas”… Pois eu engano-me muitas vezes e quase todos os dias sou assolada por dúvidas imensas!
Quando vemos uma pessoas, quando convivemos com essa pessoas e queremos ajudar não imaginamos aquilo que pode acontecer. Quando deixamos os sentimentos interferirem no nosso trabalho ficamos toldados e depois é uma chatice (assim para utilizar uma expressão leve)! Eu já devia saber isso, porque há alguns anos que trabalho com pessoas, directamente com os seus problemas, as suas dúvidas e receios. As pessoas nem sempre nos querem enganar porque somos nós, a maior parte das vezes nem em nós pensam, querem o seu bem-estar, querem aquilo que lhes é mais favorável! E devia ter consciência disso, devia saber que assim é! Mas ainda me espanto, ainda me engano, ainda penso o melhor das pessoas. E não quero deixar de ser assim, porque esta é uma característica minha, que embora algumas vezes me tenha entristecido, a maior parte das vezes é positiva. Será que um dia vou perder esta minha característica por causa dos outros?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Obigada caro(a) M

É realmente desgastante, sim senhora... Posso publicar o comentário, até porque não tenho maneira de o evitar, não são moderados... Até agora nunca foi necessário! Obrigada pela informação correcta! Quando assim é não faz mal serem publicados os comentários. Não me importo com isso!
Disponha sempre!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Leituras

Já alguém experimentou dar a leitura da EDP, com um contador novo, digital, de uma tarifa bi-horária, onde supostamente devemos ter um sol para indicar as horas do horário completo e uma lua para indicar as horas de vazio, num átrio de um prédio sem interruptores, porque a luz funciona com sensores de movimento? E não haver nenhum sol e nenhuma lua? Se não experimentaram experimentem, porque é uma maneira divertida de passar o serão!
PS - O título é enganador... Lololol!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Achei que sim


Achei que sim, que devia publicar aqui o postal que este meu amigoesfera me enviou! Há muito tempo que não recebia um postal (contas não contam como postais) e foi bom lembrar o tempo em que os amigos iam de férias com os pais (até podia ser para a praia que fica aqui a 30 Km) e nós, em casa esperávamos ansiosamente pelos postais que nos mandavam, aos quais respondíamos para a morada indicada, passando assim os 15 dias de separação mais rápido! Por isso, pelas boas recordações e pelos bons sentimentos que me trouxe já agradeci, agora quero partilhar um postal que tanto tem a ver comigo!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Lei do apadrinhamento civil: o que é?

Hoje vinha no carro a ouvir o noticiário quando ouvi uma noticia sobre esta lei... Ai«o chegar ao trabalho, abri o mail e também tinha uma reflexão sobre a dita lei. Confesso que ainda não fui pesquisar e ler a lei, mas estou muito interessada, porque em torno dela, as opiniões dividem-se e apesar de não ter sido largamente divulgada na comunicação social, é sem dúvida uma lei que vem alterar de alguma forma, comportamentos e mentalidades.
Quando ler deixo aqui a minha modesta opinião, até lá transcrevo um texto de quem sabe o que diz.

" Apadrinhamento civil. O Simplex da adopção?
Fonte: Ionline
Data: 06-11-2010
Autor: Sílvia Caneco
Tema: Crianças e Jovens

Dentro de dias vai ser possível acolher crianças, mas sem que estas quebrem
o vínculo com os pais biológicos. Especialistas duvidam da eficácia

Menos demorado do que um processo de adopção e mais duradouro e estável do
que um processo de acolhimento familiar. O apadrinhamento civil - a nova
figura jurídica que permite acolher uma criança ou jovem em risco desde que
não se quebrem os laços com a família biológica - entra em vigor dentro de
50 dias e é uma espécie de Simplex da adopção. Resolve os casos em que os
menores não reúnem as condições para ser adoptados e é, pelo menos, mais
rápido do que um processo de adopção: no prazo de seis meses, quem
apresentar candidatura terá resposta a indicar se está ou não habilitado a
ser padrinho civil. Só que é necessário que os pais biológicos concordem com
o apadrinhamento. E que, depois de estabelecido o compromisso, os padrinhos
civis aceitem receber visitas da família de origem do afilhado em casa,
concordem com o envio de fotos ou outros documentos de imagem a documentar o
crescimento da criança e, ainda, se esforcem para que o vínculo aos
progenitores não seja quebrado.


Falhas

A obrigatoriedade da manutenção dos laços com a família de origem é um dos
pontos que os especialistas criticam nesta nova figura jurídica. Luís
Villas-Boas, psicólogo e director do Refúgio Aboim Ascensão, alerta para "o
efeito perturbador" que o contacto com as duas famílias pode ter na criança
ou no jovem apadrinhado. "Essa divisão por pais e padrinhos pode dificultar
a construção de um projecto de vida", avisa. Villas-Boas - que foi
responsável pela Comissão de Revisão da Lei da Adopção - socorre-se ainda do
fracasso da adopção restrita (modalidade que prevê continuação dos contactos
com a família biológica mas que quase não é escolhida pelos candidatos a
adopção) para mostrar que "poucos serão os que querem adoptar uma criança,
mantendo a família de origem por perto".

A advogada Lídia Branco também duvida que a nova figura criada para integrar
estas crianças num ambiente familiar "resolva o problema do número de
crianças institucionalizadas no país" - em 2009, 9563 crianças estavam em
instituições de acolhimento. Para a advogada, o primeiro entrave ao êxito do
regime é desde logo a necessidade do aval da família biológica ao
apadrinhamento. "Não podemos generalizar, mas a verdade é que muitas destas
crianças vêm de famílias desestruturadas" que "nem sempre têm discernimento
para aferir o que é melhor para os seus filhos", justifica, apontando outros
entraves ao sucesso da medida, como a necessidade de manutenção de contacto
entre a criança e a família biológica.

Os padrinhos, que devem ter mais de 25 anos e condições económicas, sociais
e emocionais confirmadas pela Segurança Social, passam a assumir as
responsabilidades parentais e a beneficiar dos direitos de pais (para
efeitos de dedução fiscal ou protecção social) mas não os substituem: o
apadrinhamento só poderá avançar se os pais biológicos aceitarem acompanhar
o crescimento dos filhos. "Poucas pessoas estarão disponíveis para receber
uma criança em casa e sujeitar-se à intervenção dos pais e poucos destes
pais terão o discernimento e o querer para acompanharem a sua educação e o
seu crescimento", avisa Lídia Branco.


Vantagens

O apadrinhamento civil tem, no entanto, a vantagem de resolver casos em que
a adopção não era uma alternativa e assim ser mais uma medida para diminuir
o número de crianças institucionalizadas. "Há crianças que ficam em
instituições durante anos e anos porque os pais biológicos não autorizam a
adopção", aponta a advogada. "Tendo em conta que em Portugal se cultiva o
depósito de crianças em centros de acolhimento, se isto servir para resolver
três ou quatro casos seria óptimo", realça Luís Villas-Boas, aproveitando
para criticar "o atraso de um ano" na regulamentação do regime jurídico do
apadrinhamento civil (estava previsto que a regulamentação da lei demorasse
apenas 120 dias a contar da data da sua publicação em Diário da República,
em Setembro de 2009).

Além de ser um processo mais célere do que o da adopção, o apadrinhamento
civil "impede que haja um sentimento de perda por parte da família
biológica", já que nesse regime "os pais perdem todos os direitos sobre a
criança", esclarece a advogada.

Por outro lado, estimula um projecto de vida e não uma "educação a prazo",
como acontece no caso do acolhimento familiar. "Os acolhedores criam laços
afectivos óbvios mas nunca podem entender a criança como sua, porque são
sempre famílias transitórias. Neste caso falamos de um acolhimento a título
definitivo", explica Lídia Branco.

A advogada entende que uma das formas de contornar as lacunas deste regime e
estimular o apadrinhamento passaria por estabelecer uma retribuição mensal,
como já acontece com as famílias de acolhimento. "Existem muitas famílias
que gostavam de acolher uma criança mas não conseguem suportar os custos de
a educar. Uma prestação mensal traria mais candidatos a acolhedores e
esvaziaria as instituições."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um conto por semana...

Akli, Príncipe do Deserto

— Mãe, já não sou uma criança — disse Akli. — Quero ir buscar a minha espada a casa do tio, na cidade.
— És demasiado novo, filho. Para chegares à cidade, tens de atravessar o deserto. Se fores sozinho, arriscas-te a encontrar os Kel Essuf, esses génios malvados e horrendos como monstros.
— Mas eu não tenho medo deles — objectou Akli.
Como o pai não estava em casa e a mãe não o proibira de ir, Akli decidiu pôr-se a caminho. Procurou, então, Abdallâh, um beduíno que conhecia todos os trilhos.
— Levas-me até ao meu tio, Abdallâh? Quero ir buscar a minha espada.
— És demasiado jovem para teres uma espada e nem sequer tens uma moeda para me dar. Põe-te a andar!
Akli não se deixou desencorajar e pediu a um camelo:
— Azumar, leva-me à cidade, já que gostas tanto de viajar.
— Estou velho demais — respondeu o camelo.
— Dar-te-ei uma sela de prata — prometeu Akli.
Ao ouvir estas palavras, Azumar ficou radiante e aceitou a proposta do rapaz, que pensou para consigo: “Que camelo mais pateta! Acreditou mesmo que vou dar-lhe uma sela de prata. Como é fácil enganá-lo.”
Quando já viajavam há três horas, Akli avistou um génio. Era escuro como madeira queimada e ameaçou:
— Ou me dás de beber ou não te deixarei passar!
Akli só tinha um cantil de água. Não podia dá-lo ao génio. Então, teve uma ideia. Pôs-se a cantar a canção mais triste que conhecia. Ao ouvi-la, o monstro começou a chorar. Em breve, chorava tão copiosamente que bebeu todas as suas lágrimas e acabou por deixar passar o rapaz.
— Como vês, Azumar — disse Akli, algum tempo depois — já sou um homem. Não tive medo. Sou o grande príncipe do deserto.
— Não te alegres antes do tempo, meu rapaz — advertiu o camelo. — Ora vê o que vem lá.
A areia mexeu-se. Um outro génio avançou, do tamanho de uma nuvem.
— Ou me fazes rir ou não te deixo passar!
Akli ficou atrapalhado. Não conhecia nenhuma história que fizesse rir um génio. Este pareceu zangar-se. Então, o camelo aproximou-se dele e começou a lamber-lhe os dedos dos pés. O génio desatou a rir e deixou-os passar.
Um pouco mais à frente, aproximou-se um outro génio, maior do que uma duna.
— Ou me metes medo ou não te deixo passar!
Akli ficou novamente atrapalhado. Não conhecia nenhuma história que metesse medo a um génio. O camelo aproximou-se do monstro e virou-se de costas para ele. Bruscamente, expeliu do traseiro uma enorme quantidade de ar, que soou como um tiro de espingarda.
O génio, apavorado, deu um grito e deixou-os passar.
— É a segunda vez que te salvo — comentou Azumar, algum tempo depois. Penso que mereço bem a minha sela de prata.
— Claro que mereces. És como um irmão para mim — respondeu Akli, fazendo-lhe festas.
De repente, Azumar deu um grito de alegria:
— Olha! Conseguimos! Chegámos à cidade.
Akli nunca tinha visto uma cidade tão grande, com tantas coisas para comprar. Tinha duas pequenas moedas no bolso e com elas comprou um grande bolo de mel para si e um mais pequeno para o camelo.
— E a minha sela de prata? — perguntou Azumar.
— Compro-ta mais tarde. Prometo! — respondeu Akli.
Enquanto comia o bolo, o rapaz pensava: “Deixa-o sonhar. É tão fácil enganá-lo.”
Akli foi visitar o tio, que ficou surpreendido de o ver.
— Os teus pais deixaram-te viajar sozinho pelo deserto, com a tua idade? — perguntou-lhe.
— Deixaram. Na minha aldeia todos sabem que já sou um homem.
O tio deu-lhe, então, uma bela espada, ornamentada com duas pedras azuis como o céu.
Nessa mesma noite, deitado numa esteira, Akli adormeceu tranquilo, com a espada apertada contra si. Azumar dormiu ao relento, preso a uma corda, mas não estava triste.
— De certeza que amanhã receberei a minha sela — pensava, fechando os olhos docemente.
No dia seguinte, Akli agradeceu ao tio as suas hospitalidade e oferta, e montou Azumar. No deserto, o vento soprava sem parar e Akli divertiu-se a aparar os grãos de areia com a espada.
— Não te alegres antes do tempo — avisou o camelo. — Vê só o que vem aí.
De repente, levantou-se uma tempestade de areia. Os génios tinham-se escondido porque têm sempre pavor do vento. Como haviam de avançar e descobrir o trilho na areia? Mas Azumar era forte e corajoso. Não fraquejou e seguiu, determinado, em frente.
— Acho que mereço bem a minha sela de prata — gritou para Akli, por entre as rajadas de vento.
À noite, o rapaz chegou ao acampamento.
— Obrigado, Azumar. Dava-te uma lua de prata, se pudesse. Adeus! — despediu-se.
E fugiu, envergonhado.
Desapareceu tão depressa que o camelo nem teve tempo de replicar.
Akli correu em direcção à tenda, a fim de mostrar a espada ao pai e aos outros homens.
O pai sorriu-lhe. Serviu-lhe chá e pediu que contasse a viagem. Akli relatou tudo o que se passara e os homens ouviram-no com atenção. Quando terminou o relato, o pai disse-lhe :
— Estou orgulhoso de ti, filho. Mereceste bem a tua espada. Aproxima-te, quero dar-te uma prenda.
O pai ofereceu-lhe uma sela, mais branca e brilhante do que a lua. Akli ficou surpreendido com o presente, mas compreendeu logo o significado do gesto do pai. Saiu da tenda e foi colocar a sela docemente no dorso de Azumar, que entretanto adormecera.



Carl Norac
Akli-Prince du Désert
Paris, l’ecole des loisirs, 2006

Passei por cá...

Só para dizer que estou aqui, que não me esqueci, que tenho saudades de escrever! Mas que o tempo não tem sido muito, os problemas são alguns e a disponibilidade para escrever não está em grande aqui para estes lados!
Mas um dia destes regresso!
Até lá vou por mais um conto de enc(o)antar!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Conversa I

No sofá, a ler uma revista do social…

Minha Pessoa – Porque é que a Aurora Cunha se veste como um homem? (Aurora Cunha a atleta)
Eu – Onde está a Aurora Cunha?
Minha Pessoa – Aqui, nesta foto…
Eu – Mas onde? Em qual?
Minha Pessoa – Nesta, aqui de baixo à esquerda!
Eu – Ahhhh…. É a Aurora Cunha? Pensei que fosse o Herman José!

(Conclusão: ou a Aurora Cunha engordou muito, ou o Herman José emagreceu muito ou eu preciso muito de ir ao oftalmologista).

"Não vá o diabo tecê-las"

Mas será que o diabo, com o seu rabinho pontiagudo e os corninhos, tem um tear onde está a tecer, mas só de vez em quando?
E depois os empregados dele lá no Inferno perguntam: “onde está o patrão?” E o chefe responde: “está a tecer”! Eles dizem: “Ui… Os lá de cima (nós) que se cuidem…”
É isso?
Juro que me faz confusão…

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

E agora para coisas realmente importantes

Ontem foi o dia em que a morte venceu a vida! E ainda bem, porque prova que mesmo num buraco escuro, ainda há esperança de uma saída!

E viva o Chille, mierda!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Visual

Não vou falar de trabalhos visuais, nem por aqui fotos do meu visual de hoje... Até porque não é algo que considere com interesse (nada contra quem põe)!
Vou falar do visual do blog: estava aqui a olhar e deu-me um arrepio de frio! Acho que vou ter que mudar para um visual mais de acordo com o tempo que se tem vindo a fazer sentir! :)
Quero opiniões, sugestões e outras coisas que se lembrarem!

A nossa Selecção

Com tranquilidade lá vamos andando! Neste momento estamos a 2 pontos da Noruega e tudo pode acontecer!
Vamos ver, daqui a 8 meses!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

...

O tempo tem sido escasso aqui por estes lados… Há sempre muita coisa para fazer e muita gente para atender… Por isso tenho andado desaparecida! Há noite, quando chego a casa e tenho um minuto para descansar só me apetece não fazer nada…
E a inspiração também não está nos seu melhor momento…
Às vezes as coisas não são bem como nós queríamos e isso faz-nos ficar parados, durante uns tempos… Sem saber o que fazer… Até que depois pensamos e agimos! Eu, pelo menos, funciono assim… Primeiro tenho que pensar, antes de fazer qualquer coisa, tenho que reflectir e pensar no que quero fazer… Só é pena às vezes não fazer o mesmo em relação a falar… As coisas saem-me pela boca fora e quando penso que não as devia ter dito, já não há nada a fazer… Enfim, é uma luta que tenho vindo a travar desde há muitos anos! E garanto que estou melhor… Mas isto é como as dietas, não se vêem resultados assim muito rápido!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um conto por semana...

A História dos Brincos de Penas II

…continuação

Porém, o índio Pé-de-dança, o actual mestre-de-cerimónias da tribo, também quis dar um ar da sua graça. De facto, parecia-lhe mal não dar a sua opinião sobre o que quer que fosse, mesmo que não tivesse certezas. Afinal, ele era o mestre-de-cerimónias, com o curso completo, e não um ignorante qualquer!
Bamboleando-se, Pé-de-dança opinou na sua voz de falsete:
— Pois para mim são penas de pavão.
— Pavão?! — insurgiu-se o índio Pé-Coxinho, que até se levantou, procurando a custo equilibrar-se. E repetiu, incrédulo: — Pavão?!
Pé-Coxinho tinha ficado com o pé esquerdo sob a roda de uma carroça, quando era pequeno. Desde então, não voltara a pôr o pé em terra e era campeão em muitas gincanas que a tribo organizava na Primavera, convidando outras tribos a participar — uma espécie de olimpíadas cem por cento índias, com modalidades absolutamente únicas e extraordinárias, nas quais o primeiro prémio era a cobiçada Seta de Ouro. Pé-na-tábua, o condutor mais rápido do Oeste, levantou o braço, pedindo para falar.
Os outros calaram-se e ouviram-no afirmar:
— Concordo com Pé-Coxinho. Não podem ser penas de pavão. Eu acho que são penas de pombo. Já vi umas assim numa revista, numa das viagens que fiz. Tenho praticamente a certeza de que são de pombo, sim.
Ninguém partilhou da opinião de Pé-na-tábua, o condutor de carroça mais veloz e experiente da tribo Sempre-em-pé, que nunca tinha atropelado nem sequer um escorpião.
Depois de a opinião de Pé-na-tábua ser rejeitada por maioria, levantou-se a índia Pé-Firme, mulher do Chefe. Pé-Firme era rechonchuda e forte como um guerreiro, sendo igualmente destemida. Era perita em luta corpo a corpo e nunca virava costas a uma
briga. Usava sempre ao pescoço um colar de dentes de tubarão que o marido comprara a um vendedor ambulante que por ali passara, vindo de um país longínquo.
Ora, a mulher do Chefe não perdia uma oportunidade para se fazer ouvir nas reuniões da tribo. Era, sem dúvida, uma mulher sem papas na língua, que é como quem diz, capaz de dizer tudo o que lhe vinha à cabeça, além de ter uma voz parecida com um trovão dos maiores. De resto, alguns dos homens da tribo tinham a voz mais fina do que a dela,
embora não o quisessem admitir.
Pé-Firme falou:
— Ninguém aqui se entende! Ninguém sabe o que diz! Então não se está mesmo a ver que as penas são de águia?! De que outra ave poderiam ser, se são as águias que mais cruzam os céus por cima das nossas cabeças?
— Não posso concordar com Pé-Firme — interveio Pé-de-chumbo, afastando da testa uma madeixa de cabelo que o incomodava.
Pé-de-chumbo era o pior dançarino de toda a tribo e, certamente, das tribos mais próximas, mas não desistia de tentar, convidando para dançar todas as mulheres que conhecia — desde as mais novas e bonitas às mais velhas e enrugadas.
A mulher do Chefe olhou-o com cara séria, mas ele não se intimidou e explicou:
— As penas de águia são maiores do que aquelas que o pequeno Pé-de-atleta trouxe consigo. Para mim, são penas de condor.
— Com dor fiquei eu depois de dançar contigo — atalhou a índia Sem-Pé, que levara uma pisadela terrível do índio Pé-de-chumbo, numa festa para comemorar uma boa chuvada que caíra do céu para o bem de todos, depois de uma seca prolongada.
Sem-Pé era muito baixa e refilona, falando sempre com o dedo indicador bem espetado no ar. Não suportava que alguém lhe pisasse os calos (que lá eram muitos). Por esta razão, andava sempre de botas, mesmo no pino do Verão.
Chegou então, muito atrasado, Pé-ante-pé, o índio mais preguiçoso da tribo, que se deixara dormir.
Estava realmente embaraçado e sentou-se em silêncio. Quis passar despercebido, mas o Chefe perguntou-lhe o que pensava das penas que Pé-de-atleta tinha na mão.
Depois de olhar para as penas, Pé-ante-pé lá se manifestou:
— São de ganso. É isso mesmo: são penas de ganso-selvagem.
— Ganso-selvagem? Que ideia! Parece que nunca viram um ganso-selvagem! — indignou-se Pé-na-argola, que sonhava ser juiz, mas raramente lhe pediam a opinião.
Depois, ao ver que todos os olhares estavam postos em si, empertigou-se e ajeitou o colar de ossos de galinha que pertencera ao seu pai.
Por fim, tossicou e disse de sua justiça, alto e bom som, em tom quase solene:
— As penas que o pequeno Pé-de-atleta encontrou só podem ser de uma ave: a perdiz.
— Peço a palavra — disse o índio Pé-Sujo, levantando-se. Em seu redor, os companheiros fizeram caretas que nem se deram ao trabalho de disfarçar.
Na realidade, Pé-Sujo dormia sempre ao relento e odiava tomar banho, só o fazendo no dia do aniversário do Chefe. As suas roupas também não eram lavadas há muito tempo e estavam cheias de nódoas de toda a espécie. Por causa disto, ouvia insultos e protestos todos os dias, de mulheres e homens, jovens e crianças. Porém, ninguém conseguia arrastá-lo até à beira do rio para o fazer mergulhar na água ou, pelo menos, lavar os pés.
— Quanto a mim, são penas de avestruz — disse Pé-Sujo, que nunca tinha visto aquela ave, mas quis meter a sua colherada.
— Avestruz era a tua avó — gritou-lhe o índio Pé-Leve, campeão de corrida com obstáculos, que usava sempre ao peito o colar com a medalha que ganhara na última competição contra as tribos vizinhas dos Cabeças-Duras, Mãos-Largas e Narizes-Empinados.
Pé-Leve era também quem mais embirrava com Pé-Sujo, passando a vida a chamar-lhe a atenção e a mandá-lo tomar banho.
Por fim, acrescentou, na sua voz de cana rachada:
— Vê-se logo que são penas de gaivota.
— Uma gaivota deves ser tu — comentou o índio Pé-em-riste, com voz de poucos amigos, levantando e abanando o pé onde trazia uma colecção de pulseiras coloridas compradas numa feira muito conhecida.
Depois, continuou: — Desde quando é que há gaivotas no céu da nossa tribo, que fica a léguas do mar? Não podem ser penas de gaivota!
A não ser que alguma se tenha perdido do bando e tenha voado até aqui, atraída pelo perfume do Pé-Sujo...
A discussão estava ao rubro. A confusão era mais que muita. Todos gesticulavam e abanavam as cabeças. Uma criança de colo acordou e desatou num berreiro ensurdecedor. Os cavalos da tribo relincharam, agitados.
O pequeno índio achador de penas estava decepcionado. Não conseguia descobrir a quem pertenciam, afinal, aquelas penas que tinham descido do céu mesmo à frente do seu nariz. Ninguém parecia saber, de facto, de onde tinham surgido as penas.
A certa altura, o Grande Chefe Pé-de-galo chamou os seus três conselheiros, todos de cabelos brancos como a neve: Pé-prá-cova (que tinha 90 anos), um seu companheiro de muitas lutas chamado Pé-de-guerra (que já fizera 98 primaveras) e, finalmente, Pé-Sentado (o mais velho de todos, com 103 anos de vida), que sofria de joanetes e só por essa razão raramente saía do seu tipi.
O Grande Chefe quis saber a opinião dos mais velhos e pediu-lhes que, quando tivessem novidades, o avisassem.
Por fim, Pé-de-galo deu por encerrada a reunião, mandando que lhe trouxessem o cachimbo da paz para que ninguém saísse dali zangado.
Então, antes de se retirar, quis que fosse servido um chá de ervas calmantes, para todos irem dormir tranquilamente, ao som dos uivos dos lobos, já que era noite de lua cheia.
Depois de muito pensarem (demoraram o tempo que a lua levou a mudar três vezes de fase), os conselheiros reunidos no tipi do Chefe passaram o cachimbo de mão em mão entre os três, enchendo a tenda de fumaça.
Então, lentamente, abanaram as cabeças para cima e para baixo e cantaram baixinho e muito devagar uma canção que tinham aprendido na infância, Atirei o pau ao coiote.
…continua


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Portas e janelas

Eu não sou de ficar quieta... Quando fico mais triste e quando as coisas não correm bem como esperava, normalmente choro durante 30min (+ ou -) e vou à luta a seguir! Não gosto de ficar à espera, sem saber o futuro, não gosto de deixar essas coisas nas mãos da sorte... Acho que se não lutar, nada me vai cair ao colo! Sei isso por experiência própria! Ontem a noticia não foi a que queria, fiquei desiludida, hoje comecei de novo, e as coisas vão acontecer! Não porque elas aconteçam só porque sim, mas porque eu as faço acontecer!
Esta força toda nem sempre me caracteriza; tenho momentos de muito desilusão, muita tristeza, muita falta de coragem, mas tenho quem me levante, quem me olhe nos olhos e me diga para andar para a frente, quem me faz acreditar que "quando se fecha uma porta, se abrem algumas janelas"!
Obrigada!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

:( :(

Uma ilusão traz-nos momentos de afastamento da realidade... Uma desilusão traz-nos de volta à realidade e deixa-nos mais fortes para a luta! Pelo menos assim espero!

Um conto por semana...

A história dos brincos de penas

Eu, índia Pé-Chato, da tribo dos índios Sempre-em-pé, vou contar-te esta história que se passou comigo, embora não pareça ser verdade.
Bem, é claro que algumas coisas não se passaram exactamente como aqui vão contadas, mas é assim que me lembro delas.
Sei que gostas de histórias, sobretudo à hora de dormir, então aqui vai uma para te fazer sonhar.
É a história de... um par de brincos tão especiais que não há outros iguais no mundo inteiro! Ora presta atenção...
Não vou começar por «Era uma vez», porque já ouviste muitas histórias que começam assim e não gostas de repetições. Cá vai então...
Estava um dia muito luminoso. Era o início da Primavera, estação radiosa na verdejante planície da Águia Tonta.
Todas as coisas criadas por Deus brilhavam de forma especial naquela manhã.
O pequeno índio Pé-de-atleta levantou-se bem cedo como é seu costume — especialmente no tempo quente — e pôs-se a correr pelo vale entre as montanhas cheias de rochedos e árvores tão antigas como o tempo.
Lá foi ele, tropeçando, aqui e ali, em caricas de Coca-Cola e caixas de Chiclets vazias (que o velho Oeste já não é o que era, por causa daquilo a que chamam progresso).
O pequeno índio costuma fazer exercício todas as manhãs, porque o pai, o índio Pé-Grande, lhe disse que só assim ficará alto e forte como ele (convém dizer que o índio Pé-Grande pesa mais de 100 quilos, todo nu, só com o colar de dentes de jacaré ao pescoço).
Ora, a certa altura, Pé-de-atleta parou um pouco para descansar e recuperar o fôlego. Foi então que viu cair, mesmo à frente do seu nariz arrebitado (o único nariz arrebitado da nossa tribo), seis pequenas penas de cores diferentes que, estranhamente, poisaram aos seus pés com toda a suavidade.
Pé-de-atleta baixou-se, recolheu as penas com cuidado para não as estragar e, de novo em pé, pôs-se logo a olhar para o céu…
Nem sombra de ave, qualquer que fosse! Nem condor, nem águia, nem abutre.
O pequeno índio voltou a olhar para as penas que tinha na mão.
Eram bonitas! Seriam mesmo de pássaro como pareciam? Talvez fossem penas de anjo, mas, segundo ouvira o professor Pé-Calçado dizer, as penas de anjo são sempre brancas — mais ainda do que a neve que cobre as montanhas no Inverno —, brancas e muito brilhantes, como se tivessem o Sol lá dentro. Já o vigilante da escola, o índio Pé-Descalço, garantira que os anjos maus tinham penas pretas, mas ninguém ligava muito ao que ele dizia. Na verdade, a sua ambição era ser o curandeiro da tribo, mas tinha ficado desclassificado no concurso por ser tão ignorante que não sabia distinguir uma gota de veneno de serpente cascavel de uma lágrima de crocodilo…
Pé-de-atleta voltou a olhar o céu com toda a atenção como quando seguia o voo de um papagaio de papel que escapara das mãos de um menino da grande cidade, ou quando procurava descobrir uma estrela nova. Porém, nada avistou. Nem ave nem anjo voavam por aquelas bandas naquela manhã.
Intrigado, o nosso amigo guardou as penas e dirigiu-se para a aldeia.
Pela altura do Sol, viu que já eram horas de se apresentar no tipi (nome dado a uma tenda índia) da sua tia Pé-de-meia.
Bem se lembrava de que a tia Pé-de-meia prometera dar-lhe um colar de dentes de urso (já usado) quando ele completasse dez anos de idade, o que acabara de acontecer, na véspera.
Uma promessa é uma promessa! Um índio sabe que deve cumprir o que prometeu.
E Pé-de-atleta lá foi, apressando o passo, de cabelo ao vento, entre voos de insectos coloridos.
A tia Pé-de-meia estava sentada confortavelmente dentro do seu tipi.
Via-se que estava concentrada a coser uma manta muito velha que já tinha dez remendos e cheirava a tantas coisas que atraía coiotes e lobos, mesmo que passassem a
grande distância.
Curioso sobre o seu achado, o pequeno índio resolveu perguntar-lhe se ela sabia a quem teriam pertencido as penas que trazia consigo.
A resposta da tia Pé-de-meia não se fez esperar.
— Ao Tio Patinhas — disse ela, para quem o Tio Patinhas era o pato mais interessante de que ouvira falar. De facto, ele era o ídolo que tanto desejava conhecer, por ser quase tão poupado como ela.
Neste momento, entrou no tipi da tia Pé-de-meia o índio Pé-de-salsa, ajudante do cozinheiro do Chefe da tribo, que vinha trazer uns biscoitos que o cozinheiro Pé-de-porco fizera. Pé-de-salsa ouvira a resposta da tia Pé-de-meia e deu logo a sua opinião: — Toda a gente sabe que as penas do Tio Patinhas são brancas. — Então, pensou um pouco e acrescentou:— Eu digo que são penas de falcão.
Cada vez mais intrigado, o pequeno índio Pé-de-atleta agradeceu à tia o presente que recebera: o colar (muito usado mas ainda com três dentes em bom estado, os restantes estavam cariados ou partidos).
Em seguida, provou um biscoito e despediu-se.
Depois, foi para o seu tipi esperar pela hora da reunião da tribo à volta da fogueira. Nessa altura, segundo esperava, iria satisfazer a sua curiosidade porque algum dos mais velhos haveria de saber dar-lhe uma resposta clara. Os mais velhos sabiam coisas incríveis — até os nomes das estrelas, que eram mais do que todos os antepassados da tribo juntos!
O feiticeiro da tribo estava de férias, numa praia do Brasil. Assim, quando a noite caiu — catrapuz! — sobre a aldeia, o ajudante do feiticeiro, o índio Pé-de-escuteiro, foi buscar lenha e fez a fogueira com todo o rigor, como só ele sabia fazer.
Quando já se via uma bela chama a sair dos ramos, Pé-de-escuteiro abanou a cabeça para cima e para baixo, satisfeito.
A fogueira estava magnífica, digna do índio mais exigente do planeta!
Então, pôs-se a cantar para chamar toda a gente.
Como cantava alto e francamente mal, todos vieram a correr, como sempre, para evitar que caísse sobre a aldeia uma carga de água pesada, acompanhada de raios e trovões. Na realidade, essa calamidade já acontecera porque nem as nuvens suportavam tal cantoria!
Reunidos à volta do fogo, todos começaram por ouvir os mais velhos dizer mal do reumatismo, da tribo Pés-na-terra (grande rival nos jogos e nas lutas) e do seu chefe, o terrível Ponta-Pé.
Em seguida, Pé-Direito, o curandeiro, mergulhou um dedo em mercurocromo e fez dois riscos na cara. Depois, fechou os olhos. Via-se que tinha entrado em grande concentração.
A certa altura, levantou-se e apresentou a sua dança especial para reuniões, ao som de uma cantiga cuja letra só ele sabia, porque lhe tinha sido ensinada pela sua bisavó Pé-Atrás (que pertencia a uma tribo que falava outra língua). De qualquer maneira, segundo parece, tratava-se de uma canção sobre a melhor maneira de fazer uma bebida mágica à base de gengivas de escaravelho, pestanas de lagartixa e unhas de bisonte, com muito piripiri, seiva de cacto e água-pé. Uma bebida para animar os adultos mais tímidos nos serões da tribo.
Depois da dança, fez-se silêncio. Então, o pequeno Pé-de-atleta levantou-se e pediu a palavra para perguntar, mostrando as penas, se alguém sabia de onde teriam vindo. Explicou que não tinha encontrado uma única ave no céu, naquela manhã, o que até podia jurar meia dúzia de vezes, depois de cuspir na mão esquerda e cortar a unha de um dedo do pé, se fosse mesmo necessário.
O primeiro que ali deu a sua opinião foi o índio Pé-de-cabra, que já tinha estado preso por roubar cavalos à tribo vizinha.
Este índio ambicionava entrar num anúncio de televisão a uma marca de cigarros muito famosa, mas, na verdade, não tinha cavalos que o fizessem brilhar como gostaria.
— São penas de faisão — disse Pé-de-cabra, com ares de entendido, atirando a trança para trás das costas, de rompante, fazendo rir a sua mulher, Pé-no-chinelo.
— Qual quê?! — atalhou a índia Pé-de-galinha, que era, juntamente com a sua irmã gémea, a mulher mais velha da tribo e que já via mal (mesmo com a sua inseparável lupa). — Bem se vê que são penas de abutre. — E, em seguida, perguntou à irmã (que tinha vivido em França e era conhecida por Pied-de-poule): — O que é que tu dizes, mana?
A outra mirou e remirou as penas que o pequeno índio lhe foi mostrar e, depois de as aproximar da ponta do nariz, deu uma resposta esclarecedora, na sua voz roufenha:
— Nem mais!
continua…

Explicação

Eu gosto de ler, gosto de livros, gosto de histórias e de História, gosto de contos... Na faculdade (naquela boa) tive uma cadeira chamada "Contos Tradicionais Europeus", da qual gostava muito! Recebo todas as semanas um conto do projecto "Abrir as Portas ao Sonho e à Reflexão", da Escola Secundária Daniel Faria - Baltar. Gostei tanto da ideia que resolvi partilhar! Espero que gostem tanto de histórias como eu!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

AMIGOS

Não abunda por aqui... Tenho alguns temas que quero falar, mas nenhum fica escrito como acho que devia, por isso vou-me limitando a por aqui algumas coisas que tenho visto e lido e que é bom partilhar...

Um destes dias vou falar de amigos, dos meus AMIGOS, mas hoje só lhes deixo isto:


UM AMIGO...

Ajuda-te
Valoriza-te
Respeita-te
Acredita em ti ...
Nunca te goza
Compreende-te
Nunca se ri de ti
Aceita-te como és
Perdoa os teus erros
Acalma os teus medos
Oferece-te o seu apoio
Ajuda-te a levantares-te
Ama-te por aquilo que és
Entrega-se-te incondicionalmente
Diz-te a verdade, quando precisas ouvi-la…
Grita-te, se necessário, quando não queres ouvir…

** Este texto estava no FB de uma amiga, mas eu fiz uma alteração ou outra...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Uma história de amor!

Sou um menino lindo! Sou pretinho, com as patas brancas, a ponta da cauda branca e o peito branco! Dizem que sou um menino com os olhos mais doces do mundo. Eu não sei, porque não conheço assim muito do mundo e o meu mundo tem muitos meninos como eu, com uns olhos iguais aos meus! Não tinha casa, não tinha quem quisesse partilhar a vida comigo. Vivi com a minha mãe desde que me lembro, mas ela não pode ficar comigo e não tinha mais ninguém. Estava fechado num canil, com os manos. Até que um dia apareceram umas pessoas. Eram simpáticas e pegaram em mim ao colo, começaram a fazer-me festas e a olhar para mim com um olhar que nunca tinha visto. Não sei muito bem o que é, porque sou um bebé e não sei nada de sentimentos, mas aquelas pessoas olhavam para mim de forma diferente. E eu gostei logo muito delas, porque me faziam festas e me chamavam um bebé lindo! Sei que sou um bebé, mas acho que sou parecido com os meus manos. Elas achavam que eu era lindo e fiquei muito contente. O meu coração começou a bater de forma diferente, e na altura até me assustei. Depois elas disseram que eu ia ter uma casa nova e levaram-me para um carro, fomos para um lugar onde me fizeram doer nas costas… Dizem que faz bem, que são vacinas, mas eu não gostei assim muito. Depois saímos de lá (ainda bem, porque estava um bocado aflito) e fomos para a minha casa nova. O meu coração continuou a sentir coisas diferentes, tenho muita vontade de estar ao pé delas, gosto muito quando as pessoas chegam a casa e falam comigo, até tenho um boneco para brincar com elas! Vejo que elas continuam com aquele olhar diferente! Acho que gostam de mim, muito e eu gosto muito delas! Não podia passar sem elas, sem os seus abraços, sem as ouvir com aquela voz doce a chamarem o meu novo nome… Gosto mesmo daquelas pessoas que são as minhas novas donas! Sou um cãozinho com muita sorte!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um conto por semana...

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram juntar-se em grupos, assim agasalhavam-se e protegiam-se mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram afastar-se uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:
Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.
Moral da História
:O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar as suas qualidades.

Uma tartaruga

Será que quando as pessoas são infelizes se esforçam para humilhar as outras? Este texto é uma alarvidade! Sabe o que é isso D. Margarida? E só pode ter sido escrito por alguém profundamente infeliz, humilhado e sem noção do ridículo... E pensar que há quem leia o que esta criatura escreve!!!
E não é por ser gordinha que escrevo o que escrevo: sou, mas sou muito feliz! Tenho amigos, faço parte de um grupo, de uma "grande família", e não digo palavrões (aliás às vezes alguém goza comigo por não dizer nenhum tipo de palavra feia), não faço xixi de pé (muito menos no Bairro Alto) e não tenho problemas de relacionamento! Acho que só uma pessoa de mal com a vida pode ser tão fútil! Mas não me espanto; já li um dos livros da pessoa em questão (livros??? não são bem livros, são palavras escritas que pretendem ter algum sentido) e já tinha percebido há muito tempo que a futilidade é o que domina por esses lados, mas desta vez deve ter dado folga ao Tico (o Teco já se despediu há algum tempo, porque nem ele aguentava)!
Era capaz de lhe bater com uma tartaruga morta até ela miar!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ainda o futebol...

Parabéns aos vencedores... Mas não se esqueçam que "ainda há muita frango para virar"! (J dixtit)

Um conto por semana...

"Escuta as vozes da terra

Durante a infância, o meu avô era o meu melhor amigo. Quando estávamos juntos, tudo me parecia perfeito.
Gostávamos ambos de passear pelos bosques. Nunca íamos muito longe, nem andávamos muito depressa. Escolhíamos caminhos sinuosos. Enquanto caminhávamos, eu fazia imensas perguntas:
― Avô, porque é…?
― O que se passaria se…?
― Será que às vezes…?
Um dia, perguntei:
― Avô, o que é uma oração?
O meu avô ficou em silêncio durante muito tempo. Quando chegámos junto das árvores mais altas da floresta, respondeu-me com uma pergunta:
― Alguma vez ouviste o murmúrio das árvores?
Pus-me à escuta, atento, mas foi em vão.
― Vê como as árvores sobem até ao céu. Tentam subir sempre mais. Querem chegar às nuvens, ao sol, à lua e às estrelas. Procuram elevar-se até ao céu.
Pensei nas árvores, procurei ouvi-las. Enquanto reflectia, sentei-me numa rocha velha, coberta de musgo. O meu avô explicou:
― As rochas e as montanhas também falam connosco. A sua calma e o seu silêncio inspiram-nos tranquilidade.
Depois de ter reflectido durante bastante tempo, peguei numa pedra e coloquei-a no meu bolso. Caminhámos um pouco mais, até junto de um ribeiro. A água borbulhava, cintilava, e viam-se pequenos peixes a nadar.
― Avô, os ribeiros também murmuram?
― Claro. Bem como todos os lagos, rios e cursos de água. Às vezes, correm tranquilamente. Espelham as nuvens, os pássaros, o sol ou as estrelas. Outras vezes, escoam-se em redemoinhos, lançam-se no mar ou evaporam-se no céu. E o ciclo recomeça… Também se riem e divertem com os seus amigos rochedos. Dançam, saltam, tornam a cair…Mas a natureza conhece outras formas de se exprimir. As ervas altas procuram o sol e as flores exalam o seu perfume doce. Quanto ao vento, sussurra, geme, suspira, e sopra-nos as suas palavras. Escuta o canto dos pássaros de manhã cedo, escuta o seu silêncio antes do nascer do sol. Consegues ouvir a melodia do pintarroxo ao cair da tarde? Os animais correm pela floresta, tornam-se reluzentes com a água, escalam montanhas, voam até às nuvens, ou refugiam-se na terra. É assim que todos os seres vivos participam na b eleza do mundo…
Calámo-nos os dois. O meu avô olhava o horizonte e eu reflectia no que ele me tinha dito sobre as rochas, as árvores, a erva, os pássaros e as flores. Acabei por lhe perguntar de que modo rezavam os homens. O meu avô sorriu e passou-me a mão pelos cabelos. Respondeu:
― Tal como a natureza, os homens têm a sua linguagem própria. Podem inclinar-se para cheirar uma flor, ver o sol despontar no horizonte, sentir a terra mover-se docemente, ou saudar o dia que começa. Pode-se passear num bosque coberto de neve num dia de Inverno e ver o próprio sopro confundir-se com o sopro do mundo. A música e a pintura são também formas de expressão, de linguagem…. Às vezes, sentimo-nos tristes, doentes ou isolados. Então, repetimos as palavras que os nossos pais e avós nos legaram. Mas é preciso que cada um encontre as suas próprias palavras. O que é importante é dizer o que verdadeiramente se sente, o que nos vem do coração.
Passado algum tempo, o meu avô disse que eram horas de regressar. Mas eu tinha uma última pergunta:
― Será que há respostas para as nossas orações?
Sorriu.
― Se as escutarmos atentamente, as orações contêm as suas próprias respostas. Nós somos como as árvores, o vento e a água. Não podemos mudar o que nos rodeia, mas podemos mudar-nos a nós mesmos. É evoluindo que transformamos o mundo.
Depois deste passeio, ainda voltámos a passear juntos. De cada vez, tentei escutar as vozes da terra, mas creio que nunca as ouvi. Um dia, o meu avô deixou-nos. Continuei a pensar nele com todas as minhas forças, mas ele não voltou. Não podia voltar. Rezei até mais não poder. Depois, deixei de o fazer. Sem ele, tudo me parecia sombrio. Sentia-me muito só.
Alguns anos mais tarde, durante um passeio, sentei-me debaixo de uma árvore enorme. Os ramos mexiam e as folhas sussurravam. Ouvi o murmúrio de um ribeiro e o canto de um pintarroxo, pendurado numa madressilva. Ouvi também um ligeiro sussurro, misturado com o sopro do vento, com o canto dos pássaros e com o marulho da água.
Tal como o meu avô me ensinara, a terra falava comigo. Então, também eu murmurei, docemente:
― Obrigado pelas árvores grandes e pelas flores, pelos rochedos e pelos pássaros. E, sobretudo… obrigado pelo meu avô!
Foi então que algo aconteceu.
Senti – outra vez – o meu avô perto de mim…
E, pela primeira vez desde há muito tempo, tudo me parecia perfeito."
Douglas Wood
Grandad’s Prayers of the Earth
Paris, Gründ, 2000
(Tradução e adaptação)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu não vou fazer disto um blog de Futebol (só se não me apetecer) mas hoje tinha que ser...

Quando o futebol anda mau, o país anda mau… Ou dize-versa (um conhecido treinador nosso utiliza esta expressão).
E as coisas não andam nada bem, nem para um lado nem para o outro…

Ontem o Sporting de Braga perdeu 6 a 0 com o Arsenal. Tá bem que é o Arsenal; tá bem que o SB nunca tinha ido a uma competição europeia; tá bem que isso deve ser uma grande pressão; tá bem que ainda há mais jogos e perder tão mau é por 1 como por 6. Está tudo muito bem, mas vamos lá a ver as coisas: se eu fosse uma grande adepta do SB a esta hora estava muito chateada; assim estou só um bocadinho, porque simpatizo com o SB e porque nunca gosto que as nossas equipas percam nestas competições importantes (lá no estrangeiro).

Hoje o Sporting joga com o Lylle e o Porto com o Rapid de Viena (por acaso se não fosse a minha afirmação anterior, talvez fosse torcer hoje pelo Rapid, porque até gostei muito de Viena. Também gosto do Porto, não simpatizo assim lá muito com o FCP, mas enfim). O SCP espero que leve um bom mapa, porque o caminho para as vitórias este ano está difícil.
Amanhã se verá!

Mas a grande novela é a selecção! Vamos ou não despedir o Carlos Queiroz? Isto 2 meses (ou coisa parecida) antes do inicio do apuramento. Na semana em que começou o apuramento ainda não estava decidido. Mas não faz mal porque a selecção é tão boa que joga em piloto automático. Só é pena não o demonstrar tantas vezes como gostaríamos… Agora afinal o piloto não é assim tão bom e toca de ir pedinchar ao Mourinho para vir cá fazer “uma perninha”. É impressão minha ou há aqui alguma coisa que não bate certo? O Mourinho vem cá fazer um part-time? Ou é treinador interino? Deixa o Madrid aos bocadinhos ou como é? Há coisas muito estranhas no mundo do futebol…

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Só para animar:

Estes amiguinhos vão estar de volta em Agosto do próximo ano!!!!!!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Oi?!?!?!?!?!

Comentário do treinador de um clube de futebol português, depois do jogo desta jornada:

" Dos 11 jogadores, 7 levaram cartão amarelo, só 2 é que não..."

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Considerações sobre um fim-de-semana e um óptimo fim de tarde

O fim-de-semana não foi fácil... Teve uma série de emoções à mistura e às tantas, estas todas juntas não deram lá muito bom resultado! Foram emoções fortes, entre o sentir-me posta de parte dentro de um sitio onde devia fazer parte de tudo, foi o reencontro com pessoas que vão estando sempre presentes na minha vida, ao longo dos anos e foi especialmente o regresso a uma coisa que não gosto nada de fazer, mas que reconheço como de extrema importância e por isso lá vou lutando todos os dias: conduzir!
Mas foi sobretudo a gratidão que me esmagou... Uma gratidão que não consegui demonstrar e que me deixou sem saber como agir! Porque é que é tão difícil expressar aquilo que sentimos?
Para além disso foi cansativo: muita coisa para limpar, arrumar... A "lida da casa", que gosto de fazer, mas que cansa! Depois os jantares animados e divertidos, mas que não permitiram que me deitasse atempadamente de forma a recarregar energias! Mas foi bom! É bom sentir-me parte daquela família!
Ontem o fim de tarde foi muito bom! Deu para acalmar e preparar-me para mais uma semana! Na praia, ainda com os últimos raios de sol a aquecer a pele e o barulho do mar! A fugir de gaivotas, que para mim eram demasiado grandes, mas houve quem pensasse que para gaivotas até eram pequenas... Enfim, diferentes pontos de vista sobre as ditas! Um fim de tarde calmo como se quer!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O meu mau feitio!

Eu tenho mau feitio (ainda não tinha dito? Falha minha...)!
Mas detesto que me digam como agir em relação a coisas importantes, que me incomodam... Detesto o tom paternalista e de quem age sempre correctamente! Eu sei que esta não é uma boa característica e que não me podem chamar de humilde... Lololol! Devia aceitar conselhos de quem é mais ajuizado! Mas comigo funcionam sempre de forma inversa: quanto mais me dizem para fazer de uma forma, mais vontade tenho de fazer da outra completamente ao contrário! Não sou uma pessoa fácil!
No outro dia, estava eu muito animada com um jantar, quando a conversa de inicio descambou para aí... "Porque não pode ser assim... Porque não está bem... Porque isto e porque aquilo..." Eu resolvi por-me à margem... Resolvi deixar o assunto para os outros, para não estragar um momento que se queria divertido, mas acho que não fui lá muito bem sucedida... Este meu mau feitio!
Mas é que eu acho que as relações entre seres vivos (capazes de se relacionarem) não são uni direccionais... Se eu gosto muito de uma pessoa e sinto que ela se está a afastar, por alguma razão, então vou tentar perceber o que é, tentar perceber o que aconteceu! Não a deixo afastar-se e depois vou dizer: "Ai que pena que eu tenho, gostava tanto daquela pessoa e ela afastou-se... E eu não tenho culpa nenhuma..." Mentira! Se entretanto a pessoa se continuar a afastar, mesmo depois de perceber que eu vou sempre aceitá-la, porque gosto dela, aí já é outra conversa, agora assim, à primeira dificuldade "ah e tal, é alguém de quem gosto muito, mas pronto... Fico à espera porque a obrigação não é minha..."
Agora pergunto eu: nestas coisas existem "obrigações"???
Lá estou eu com o meu mau feitio!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um dia...

Fugimos! Pode ser para Nice ou para outro lado qualquer!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Há pessoas...

Capazes do melhor e do pior!
Se calhar não há pessoas, se calhar somos todos assim! A minha avó dizia que ninguém se conhece e é bem verdade! Mas há pessoas capazes de reconhecer os seus defeitos, capazes até de os admitir, se calhar não perante toda a gente, mas perante alguém em quem se confia totalmente... Admitir fraquezas, erros, defeitos não é fácil... Mas há pessoas que olham para si mesmas e pensam que os únicos defeitos que têm são, no máximo, ser teimosa (que, por alguma razão, é um defeito bem visto) ou muito directa (este dito com orgulho, porque se convencionou, vá-se lá saber porque também, que ser directa é bom... quando do meu modesto ponto de vista, por vezes ser directa é o equivalente a ser mal educado, bruto, rude)... Há pessoas sempre dispostas a apontar o dedo, a fazer notar os defeitos dos outros e dos seus, nem sequer pensar neles! Eu, à conta de tento pensar nisso, desenvolvi uma teoria (que como todas as teorias, é possível de ser destruída por outra muito mais válida): essas pessoas só são assim, para esconder os seus próprios defeitos! Elas sabem que os têem e devem ter dificuldades acrescidas em conviver com eles, por isso, em vez de os tentar minimizar, aumentam os defeitos dos outros para ver se os delas passam despercebidos! Essas pessoas são duplamente infelizes e infelizmente um dia vão ficar sozinhas...
E pronto, era isto que tinha para partilhar hoje!
(A esta hora estão vocês a pensar no que me aconteceu para escrever isto tudo... "Ah, e tal, ela anda muito em baixo... Alguém a anda a difamar... De quem será que está a falar?" Aproveito para esclarecer, que não... Que não ando muito em baixo... Que sim, que provavelmente alguém me anda a difamar, mas não é nada a que não esteja razoavelmente habituada... Que não, não estou a falar de ninguém em especial, mas se a alguém servir a carapuça, como se diz em linguagem popular, então essa pessoa deve repensar bem a sua vida, antes que seja tarde...)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

2ª Feira

Mais uma 2ª feira que chega, depois de um fim-de-semana agitado, com muito trabalho, mas muito bom! É bom quando as coisas crescem, quando trabalhamos e vimos o fruto do trabalho, quando estamos tão bem num local que não nos apetece nunca sair de lá! Quando percebemos que as outras pessoas também estão lá bem, quando sabemos que tudo o que conseguimos é nosso, se deve ao nosso esforço, mas tudo é comprado e escolhido a pensar num determinado sitio, a pensar no que queremos! Quando fazemos planos e os vemos concretizarem-se! É muito bom quando sabemos que não estamos sozinhas, que aconteça o que acontecer, nunca vamos ficar sem saber o que fazer, porque vamos sempre ter quem esteja ao nosso lado!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os blogues

"Eu também prefiro os blogues, acho que o FB é o mundo do imediatismo, onde tudo se passa ao segundo e 15 minutos depois já há mais uma série de publicações...

Nos blogues podemos deixar uma opinião, um pensamento, funcionam quase como um diário partilhado! E é engraçado como nos habituamos a eles e aqueles que visitamos tornam-se um bocadinho parte de nós..."
Este texto foi um comentário meu a este post! E depois fiquei a pensar que existem por aí muitos blogues muito interessantes, onde as pessoas contam o que lhes vai na alma e o que lhes acontece no dia a dia... Fiquei a pensar em como isto é novo no mundo (novo, não significa que seja de há 1 mês... Novo, em termos históricos...) É novo a partilha com pessoas que desconhecemos, é novo ler coisas escritas por pessoas que não são escritores, é novo ter um universo paralelo em que conhecemos pessoas sem realmente as conhecer e em que queremos que tudo lhes corra pelo melhor!
É novo e, de alguma forma, mais fácil! Essas pessoas não implicam com as nossas vidas quotidianas, não nos trazem desilusões, não nos decepcionam... Nós não as decepcionamos, ninguém nos cobra nada e temos a moderação de comentários... Não precisamos de estar sujeitos a comentários menos simpáticos, abusivos ou que nos desagradem de alguma forma! Na nossa vida daqui deste lado não é bem assim... Não há a moderação de comentários quando discutimos, as pessoas que connosco vivem não são perfeitas e nós menos ainda!
Mas o realmente interessante é que estes dois mundos não são incompatíveis, antes pelo contrário, completam-se! É bom andar por aqui e muitas vezes funciona como um anti-depressivo, como algo que nos ajuda a ver as coisas de outra perspectiva! Por isso gosto de andar por aqui!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Hello Kitty

Pois que nem sou lá grande fã da gata estópida (para não lhe chanmar outros nomes que já ouvi aplicar à dita), mas não resisti quando vi estas imagens neste blog. São ilustrações de Joseph Senior da Nova Zelândia e não podia deixar de partilhar!
Aqui vão elas, sem qualquer ordem, excepto que como não podia deixar de ser a minha favorita é a 1ª!!!!!

Hello Darth Kitty. o Meu Preferido!!!!



Hello Buzz Kitty




Hello Batty



Hello Bond Kitty





Halloween KittY




Hello Gangsta



Hello Robcop Kitty



Hello Betty, a Feia



Hello Laranja Mecânica











terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lagartos





Sabem aquelas pessoas que sempre que vemos nos arrepiamos? Aquelas que nos assustam?
Isso acontece-me quando vejo pessoas que parecem lagartos… É um horror… Nem sequer consigo olhar muito bem para essas pessoas! E isso não é nada bom quando se atende ao público… E o pior é quando começam a falar e fazem mesmo, mesmo lembrar lagartos!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Parabéns!

Com que então caiu na asneira
De fazer na quinta-feira
Vinte e seis anos! Que tolo!
Ainda se os desfizesse…
Mas fazê-los não parece
De quem tem muito miolo!

Não sei quem foi que me disse
Que fez a mesma tolice
Aqui o ano passado…
Agora o que vem, aposto,
Como lhe tomou o gosto,
Que faz o mesmo? Coitado!

Não faça tal; porque os anos
Que nos trazem? Desenganos
Que fazem a gente velho:
Faça outra coisa; que em suma
Não fazer coisa nenhuma,
Também lhe não aconselho.

Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
Às vezes por brincadeira,
Mas depois se se habitua,
Já não tem vontade sua,
E fá-los, queira ou não queira!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A voz

Alguma vez a vossa voz interior vos atormentou sem parar? E o que fizeram?

Eu, bloguer (+ ou -) me confesso

Do chinês...
E não é macaquinho... São as lojas do chinês...
Esta semana precisei de comprar uma fita métrica, daquelas que se enrolam e fui procurar numa dessas lojas aqui mesmo em frente ao trabalho... Confesso que só de entrar numa dessas lojas me sinto mal... É o cheiro a plástico, a desarrumação e, em algumas a sujidade, porque a limpeza não abunda para aquelas bandas... Mas lá fui...
Vi e constatei que realmente há coisas muito mais baratas e pelas quais não vale a pena procurar em outros locais, que são iguais e o dobro do preço! Por isso confesso que por vezes vou ao chinês!
Lá desci as escadas (que a loja é composta por 1º andar e rés do chão), lá passei pelas prateleiras de detergentes, junto com carrinhos de madeira e estendais, até chegar à parede onde estão os objectos de construção civil e afins... Eu só queria um metro... Lá fui, dava um passo e tropeçava num serrote, dois passos à frente e a alça da mala ficava presa num martelo e no passo seguinte estava enrolada numa mangueira... Pensei que nunca mais via o metro (e eu que preciso tanto dele)!!! Enfim qual visão do oásis no deserto, lá apareceu o metro, com várias medidas à escolha e que variavam de preço. Comprei um de 5 m, que para o que quero chega muito bem e fugi dali para fora! Paguei, na caixa onde o dono, chinês, brincava com o filho de 5 meses, enquanto este chorava e não era nada pouco... Lá nos entendemos, porque nas lojas do chinês não precisamos de muitas palavras, quando se põe o objecto em cima do balcão é para pagar (é preciso cuidado quando se quer alguma informação ou se pretende verificar se determinado objecto eléctrico ou a pilhas funciona mesmo... Eu tenho uma bela história sobre isso...), paguei, agarrei no metro e fugi dali para fora depressa... Quando já ia a atravessar a estrada oiço chamar com uma pronúncia estranha... E pensei: será que não paguei tudo??? Não... Na pressa de fugir dali para fora tinha-me esquecido de tudo o que levava na mão! É este o efeito que a loja do chinês tem em mim... Só quero sair de lá para fora...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Coragem

Trabalho num local de atendimento ao público, na ajuda de procura de emprego, nas sessões de TPE e orientação profissional…
Todos os dias falo com pessoas para quem a vida foi “madrasta”, a quem não deu muito ou tirou o pouco que tinha… Mas são pessoas que lutam, olham para a frente, e continuam a tentar sempre!!!
São pessoas que não se movem bem, que não vêem quase nada, que não têm a capacidade de ouvir e falar, mas são pessoas que sorriem e que estão dispostas a tentar!
Eu por vezes preciso de alguma coragem, para fazer algumas coisas um bocadinho mais complicadas e as pernas tremem, os pés não me querem levar aos locais onde devia ir, a boca recusa-se a abrir e o coração aperta-se! Então aí penso nessas pessoas, nesses exemplos com quem lido todos os dias e que me deviam ensinar alguma coisa mais!
Este post é só uma pequeníssima homenagem a essas pessoas, que merecem mais de nós!

O Amor

O Amor

“ O amor não é uma descoberta de alquimistas. Não foi Eros que inventou o Amor. Fomos nós. Construímos caminhos, vamos por eles, lado a lado, vencendo obstáculos, vencendo dificuldades, entregando-nos u ao outro nas coisas mais banais. Ficamos felizes pelas vitórias do outro, solidários na mágoa, sempre inteiros na dádiva. Respondemos com um abraço ao abraço, com um afago à lágrima, com um beijo à alegria. E continua assim, sem parar. É esta a construção do verdadeiro amor. Crescer quando o outro cresce, partilhar o sofrimento quando a caminhada dói mais, não deixar que nenhum caia, apoiando-se quando vergam para voltar a endireitar a coluna e andar mais, amar mais…”

Francisco Moita Flores in “Mataram o Sidónio”

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

É impressão minha

Ou a Lady Gaga anda um bocado baralhada e na mesma canção canta para o Alexandro, para o Fernando e para o Roberto? (Ler os nomes com entoação hispânica).

Sinto-me...

A vida dá muitas voltas, há alturas em que parecemos um carrocel, em que tudo acontece e por vezes perdemos a capacidade de agir... Deixamos acontecer, porque sabemos que é mais fácil (apesar da dor, da perda), porque sabemos que tem que ser, porque sabemos que temos que deixar o tempo passar... Nessas alturas entra o comando do "piloto automático", porque não nos apetece agir, mas sabemos que temos que continuar, porque a vida não pára...
Depois há alturas em que fazemos as coisas acontecerem, em que as coisas surjem na nossa vida e nós gostamos que assim seja, em que não nos limitamos a ser espectadores, em que agimos e vemos as coisas feitas! Pode ser uma grande mudança, pode ser uma pequena mudança, pode ser alguma coisa que só a nós diga respeito e só nos percebamos ou pode ser algo que todos percebem! Seja como for, nessas alturas sentimo-nos vivos! E isso é o importante! Almoçamos com amigos e um almoço é um almoço, com risos, gargalhadas, planos para umas férias em Novembro! partilhamos aquilo que a vida tem de mais importante! Vivemos!!! E isso é tão bom, é tão doce!!! Faz-nos felizes! Sinto-me feliz!!!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Não é fácil

Não é nada fácil escrever com este calor... Nem sequer ideias tenho... Hoje, que já consigo pensar, já consegui vir até aqui para dizer que este cantinho não está esquecido e agora tem um amigo... Lololololol!!! Este!!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Calor...

É assim que ando, com este calor... Vivo num último andar e lá em casa parece que estamos na sauna... Acabamos de tomar banho e queremos voltar para o duche, a água é o mais fria possível, as janelas estão abertas e há uma ventoinha, mas nada disso se revela eficaz para combater este calor, que me deixa ko...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

"Perguntei ao tempo...*

Há algum tempo que ando para escrever sobre o tempo, mas tem-me faltado tempo, e quando tenho tempo, falta-me a inspiração para aproveitar bem esse tempo.

"Escrever sobre o tempo, já estão vocês a pensar, é quase tão mau como falar como o tempo, é de quem não tem mais nada para dizer e/ou escrever... "Pode ser, mas eu não vejo assim, e acho que ainda vou a tempo de provar o meu ponto de vista...

O tempo é um conceito muito vasto, que abarca várias dimensões... Vocês é que pensaram em pequeno, porque falar do tempo não é dizer se está bom ou mau tempo, ou falar do calor abafado que se tem vindo a sentir, sem no entanto estar sol. Essa é uma dimensão...
O tempo pode ser também o tempo do relógio, o tempo desculpa, a ele associado. O tempo pode ser aquilo que usamos como desculpa para tudo: não tenho tempo... Não posso ir lanchar porque não tenho tempo; não vou à praia porque não há tempo; não ligo mais vezes porque o tempo é curto... Deste tempo, ou falta dele, eu não gosto...
Depois há o tempo, este tempo do "há muito tempo" ou "há pouco tempo"... É aquele tempo do "há muito tempo que já foi dia de receber" ou do "fui de férias há tão pouco tempo e já queria ir outra vez".
E há um muito interessante: o tempo dos jet lags... Aquele tempo em que saímos de França às 18h30 e chegamos ao nosso país às 19h45min, quando na ida (que estávamos ansiosas por chegar e queríamos muito que o tempo passasse), saímos de cá às 9h30min. e chagámos lá às 11h45min... Esse é um tempo muito interessante, quase que conseguimos sair de um sitio e chegar a outro à mesma hora, tendo em conta que esses locais são separados por quase 5000 Km e têm horas = tempos diferentes! Ainda gostava de saber se há algum sitio de onde se saia que se consiga chegar cá antes da hora a que saímos de lá? Era a única forma de andar para trás no tempo... Porque o tempo não pára, não volta atrás e não se compadece daquilo que queremos ou não!
E depois há o tempo relativo, ou seja: tenho férias 2 semanas, tão pouco tempo, ou, te´m férias 2 semanas, tanto tempo... Este é o que mais me interessa, porque é o mais diferente... Hoje quando me apercebi que o fim-de-semana está à porta, quase dei pulos de contente... Quero que o tempo passe depressa! Mas depois recebi uma sms de uma amiga a dizer que chegou agora ao seu local de mini-férias, onde vai estar até Domingo. Aposto que ela não quer que chegue o fim-de-semana, quer que o tempo passe devagar!
E ainda há aquele tempo que gostávamos de parar, que gostávamos de ficar lá!
Espero não ter roubado muito do vosso tempo, e se não escrevo mais sobre o tempo é só porque agora estou a ficar sem tempo! Se tiverem tempo digam qualquer coisa, porque por vezes até falar sobre o tempo é interessante...
* ... quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu que o tempo tempo tem o tempo que o tempo tem." Acho que era mais ou menos isto que gostávamos de dizer na escola...

Já vos aconteceu?

Terem uma ideia óptima para escrever um post ainda melhor, um daqueles mesmo bons (como nunca se viu e não sei se alguma vez se verá por aqui...) e depois, por falta de tempo, por pessoas a mais à volta, por estarem quase a adormecer ou acabados de acordar, por estarem longe do computador, sem papel e sem caneta ou só porque naquela altura não dá jeito, não escrevem e depois quando há tempo, estão sozinhos ou num ambiente calmo, bem acordados, perto do computador ou com caneta e papel, e por acaso dá mesmo jeito, vão escrever e... Ups... Afinal não tem nenhuma ideia luminosa e aquela que parecia óptima há algum tempo também fugiu? É mais ou menos assim que me sinto hoje... Os meus leitores (um ou dois, quero eu dizer...) a esta hora já devem estar a pensar: "Só hoje? Pensava eu que era todos os dias..."
Mas não caros leitores, são só alguns dias mesmo!! E hoje é um deles!