segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nem sei que título dar a este posto... Queria vir falar de um filme que vi este fim-de-semana, mas não posso deixar de falar da morte do cronista Carlos Castro. Não era uma pessoa que me fosse especialmente simpática. Não tinha nada contra, e admiro a sua coragem de assumir o seu modo de vida numa altura que devia ser ainda mais difícil do que é hoje! Estou a falar da sua homossexualidade assumida, pública e como tal do conhecimento geral.
Não tinha especial admiração pela sua vida profissional, descobri que durante alguns anos li uma coluna dele, sob pseudónimo de "Daniela" na Nova-Gente, onde ele falava e comentava visuais, casamentos e divórcios, viagens de celebridades e outras coisas. Ganhava a vida a fazer o que gostava (penso eu) e na sua vertente, fazia-o bem feito. Mas nem sequer é isso que está em causa, o que está em causa é a morte dele. Se tivesse morrido de doença ou até de acidente não me chocaria, porque como disse era um figura pública que não estava dentro do meu panorama, porque eu não tinha o hábito de ler aquilo que ele escrevia, mas assim? Desta forma, quase à filme, de uma forma que parecia um episódio do CSI? Assassinado num quarto de hotel, alegadamente pelo companheiro, de 21 anos?
Provavelmente já muito foi escrito sobre isto, mas a minha indignação não me deixa ficar calada: era um bom rapaz? Se calhar até foi em tempos, mas tenho algumas dúvidas... Queria subir e seguiu um caminho que não era o dele... Cada um faz o seu... Esse caminho levou-o a uma relação com uma figura pública reconhecida em Portugal e conhecida por ser homossexual. Foi com ele para os EUA, dividiam um quarto... Não sabia o que era, não tinha noção do que fazia? Não acredito! Fartou-se, viu que não aguentava... Mas matar? Matar uma pessoa que estava com ele? E pior, mutilar? Isso eu não entendo e por isso digo que duvido que alguma vez tenha sido um bom rapaz... Uma pessoa, num acesso de loucura (o que não quer dizer que seja louca) mata outra... E depois vai mutilar? Isso não é coisa de "um bom rapaz", mas sim de uma mente doente e perversa!
Um bom rapaz teria percebido e teria dito que não era aquele o caminho! Um bom rapaz, de 21 anos e com aquela envergadura, ter-se-ia defendido de alguém que lhe quisesse fazer alguma coisa que ele não quisesse. Mas para isso não matava, porque não devia ser difícil para aquele rapaz imobilizar (sem matar) o Sr. Carlos Castro (de 65 anos).
Ele confessou e por isso é provável que tenha sido ele e que venha a ser condenado! Assim o espero e que seja à pena máxima do Estado de Nova Iorque: prisão perpétua. Porque ele, se realmente o fez, não é um bom rapaz. É perigoso e mau...
A nível de Direito, segundo o Prof. Figueiredo Dias, sendo um crime de homicídio é pouco provável que possa haver extradição, porque foi cometido no território dos EUA. Esta seria possível se o crime tivesse sido cometido em Portugal e o suspeito tivesse fugido para os EUA.

1 comentário:

Anónimo disse...

Disseste tudo...concordo em pleno.