segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O meu conto de Natal

Ia a sair para passear o M, na ânsia de prolongar o momento por mais 2 segundos! Dos meus olhos puderem ver, nem que por breves instantes, a pessoa que amo! Ia a sair e a pensar em como é bom haver manhãs para prolongar, momentos para não esquecer, cheiros para guardar e pessoas que nos fazem querer que o dia termine depressa para regressar. Fui despertada destes pensamentos por uma voz que chamava o meu nome de uma varanda do outro lado da rua! Uma voz com um sotaque do Brasil gritava o meu nome do outro lado da rua! Tive que despertar para ver o que era. Atravessei a rua e senti o coração ficar mais pesado: já não ia prolongar um pouco mais o momento!

No entanto lá fui! Quando encontrei o dono da voz, que entretanto tinha descido para falar comigo, fomos a correr para o outro lado, para onde há eucaliptos e uma estrada vazia! Pelo caminho já se ouviam uns miados aflitos e quanto mais nos aproximávamos pior era! De repente olhei e vi um gato, branco, já meu conhecido, daqueles que fazem do bairro casa, em cima de um eucalipto, alto! Mais alto que a varanda de nossa casa! O gato miava aflito e estava encolhido! De repente tudo pareceu ficar mais claro: eu não tinha prolongado o momento importante, porque algo tinha que ser feito! Depois de continuar o passeio, foram combinadas estratégias: eu fui buscar o nº de telefone dos bombeiros e a vizinha do lado, que entretanto se nos juntou iria esperar pelos bombeiros, porque eles sozinhos não encontravam a árvore! Descobri também que esta noite um cão desconhecido por lá passeou, o que deve ter sido a causa da fuga do felino para tão alta árvore! Os miados faziam-se ouvir!

Os bombeiros chegaram depressa e com uma escada! Cumprimentei-os, porque os conhecia de outras paragens e deixei o caso em boas mãos!

Agora já sei que tudo correu bem, o felino, que afinal era uma gata, saiu calmamente e sem arranhar ninguém e os bombeiros, como estavam ao serviço da comunidade não levaram a taxa de salvamento de animais!

Eu não esperei por este desfecho, mas quando vinha pelo caminho estava mais contente, porque não íamos deixar um animal aflito o dia todo.











                                                                                                                                            Desenho retirado daqui, como quase sempre!

1 comentário:

Anónimo disse...

Conto mai´lindo :)