quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Hoje não poderia explicar melhor do que este texto, por isso recorro a ele! O dia está de sol e já vi que isso deixa as pessoas mais felizes, mas eu não estou lá muito feliz... Sinto que chegou a altura da mudança, mas para onde, que mudança, o que fazer, como?
Tenho o coração pequenino, porque sei que a mudança não é uma coisa fácil, mas sei que vai acontecer e também sei que depois, um dia, vou perceber que me fez bem! Mas até lá o sol não brilha por aqui...
Eu também nunca parei, comecei a trabalhar nas férias, em projectos de ATL, no jardim escola, depois fui para a faculdade e comecei a trabalhar num escritório de contabilidade, porque chumbei um ano e achei que os meus pais não tinham culpa... Trabalhei nesse escritório 5 anos. Quando saí fui à luta, estava em outro curso e a minha vida tinha mudado... Comecei a dar explicações e ia sobrevivendo assim, até que surgiu um oportunidade que não podia recusar e fui trabalhar para um local que adorei. Estive lá um ano, mas eles não tinham muita liquidez financeira e não deu para manter esse trabalho (aquele que até hoje mais gostei), nunca deixei as explicações e consegui assim tirar o curso. Depois estive a trabalhar nas férias numa associação e quando esse trabalho terminou estive a organizar uma exposição em regime de voluntário e a mandar CV. Consegui ir fazer uma formação subsidiada e ir trabalhar um ano para um dos nossos Monumentos Nacionais! Infelizmente era um projecto sem perspectivas de continuidade e fiquei novamente desempregada. Nessa altura fui tirar o CAP, percebi que tinha que voltar para o curso que tinha deixado por terminar, encontrei outro trabalho, daqueles falsos recibos verdes e fui estudar à noite. Esse trabalho tem-se mantido, ams a situação é precária, contínuo (ao fim de tanto tempo) a recibos verdes, ganho pouco e acho que vou ficar sem trabalho (e sem qualquer tipo de apoio de subsidio de desemprego, apesar de já trabalhar há 4 anos e tal no mesmo sitio) daqui a pouco tempo!
E isso assusta-me: cresci, construí uma vida, tenho uma família e responsabilidades. Não estou parada, procuro e procuro, dentro e fora da área, envio CV, respondo a ofertas e nada. Sabem a quantas ofertas respondi desde Janeiro (porque as do ano passado não vou contar)? 52! E sabem quantas respostas tive? 1!!!
Por isso estou a começar a ficar desesperada... Mas não me posso deixar abater! Tenho que continuar, tenho que lutar! E, recorrendo mais uma vez a alguém que escreve de forma que não consigo, sei que um dia as coisas vão parecer diferentes. Até lá preciso de força... Preciso que o sol entre no meu coração e que as lágrimas saiam dos meus olhos!

4 comentários:

Dré disse...

Sim, quando menos esperares recebes uma proposta.
Não te importes em ser chatinha em exigir uma resposta dos locais onde te candidatas.
Usa também redes sociais de emprego, como o linkdin, há muitos recursos humanos a recrutar lá.
Não desanimes e procura uma ocupação enquanto não encontras nada.
Força ;)
bjns

Bichinha disse...

Por acaso também li o post de que falas esta manhã e as coisas não estão nada fáceis. Também trabalhei a recibos verdes e contratos de 3m para nunca ter acesso a nada, também estudava à noite e tinha que trabalhar para me sustentar e pagar o curso. Foram momentos muito complicados, em 4 anos de curso mudei de trabalho 4 vezes e outras tantas de casa, sempre à procura de melhores condições e rendas mais baratas, sobrevivi mas acredito que se fosse hoje não sei como seria, as coisas complicaram-se muito mas naquela altura nunca baixei os braços, bati o pé, e nunca deixei que me pisassem, o dinheiro fazia falta mas tinha a minha digindade e o meu orgulho e lutava e na primeira oportunidade mudava de emprego. Não percas a esperança, é preciso acreditar, e nõa basta vir uma música que até achamos que pode ser engraçada e ficamos à espera que os governantes a oiçam. O que não faltam por aí são músicas com as quais nos indentificamos, e devemos é ouvir aquelas que nos lembram a garra da outros tempos e usá-la hoje e sempre. Fica bem e desculpa o testamento.

Miss G. disse...

Depois de teres deixado o comentário no meu blogue vim aqui ler a tua partilha. E de facto as coisas não estão fáceis. Existe uma crise que é real e não podemos ignorar. O número de desempregados é dos mais altos de sempre. E nem todos somos preguiçosos. Existem pessoas que estão bem? Existem. Tiveram alguém que apostou nelas. E claro que depois tiveram mérito de trabalhar para conseguir manter. Mas de quem falo é de quem nunca consegue mostrar.

Viciante disse...

Sim, é disso que falo... da quem quer trabalhar e não consegue porque não tem onde!
Hoje vinha do almoço a pensar que isto chegou ao ponto de: medo de trabalhar não tenho, é preciso é ter onde trabalhar!
É preciso continuar a lutar, mas há alturas em que não é nada fácil!
Obrigada pelas palavras!
:)